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Migalhas de pão

Painel de Riscos do Setor Segurador – Setembro de 2025

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) publica a mais recente edição do Painel de Riscos do Setor Segurador, apresentando o panorama atual dos riscos face à informação disponível. Em concreto, o Painel considera a informação das variáveis financeiras relativa a 8 de outubro de 2025, conjugada com os dados reportados pelas empresas de seguros com referência a 30 de junho de 2025.

A categoria de riscos macroeconómicos mantém-se em nível médio-alto. Destaca-se a diminuição da incerteza associada às tarifas comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) - ainda que o nível de 15% acordado seja historicamente elevado, e os seus efeitos permaneçam por avaliar -, assim como os riscos decorrentes das tensões geopolíticas e conflitos militares no Leste Europeu e no Médio Oriente.

A categoria de riscos de crédito conserva igualmente a classificação de médio-alto, salientando-se as vulnerabilidades associadas à crescente necessidade de investimento em defesa por parte dos países europeus, suscetível de gerar pressões adicionais sobre as jurisdições mais endividadas. Em contrapartida, verificou-se, no passado mais recente, uma diminuição dos prémios de risco dos emitentes soberanos e privados, após o pico registado em abril.

Por sua vez, os riscos de mercado mantêm-se em nível médio-alto, embora com tendência descendente, refletindo a redução dos níveis de volatilidade dos mercados obrigacionista e acionista. Todavia, subsiste o risco de uma eventual correção descendente dos preços dos ativos.

As categorias de risco de liquidez e de rendibilidade e solvabilidade evidenciam uma tendência inclinada descendente, consubstanciando, respetivamente, a revisão do nível de risco para baixo e a manutenção do nível de risco em médio-baixo. Ao nível da liquidez registou-se a melhoria do rácio de entradas sobre saídas e do rácio de liquidez dos ativos. Já no contexto da rendibilidade e solvabilidade, destaca se a melhoria dos resultados técnicos do ramo Vida e dos ramos Não Vida, bem como a manutenção do rácio global de solvência em patamares robustos (210%).

No âmbito dos riscos específicos dos seguros Vida e Não Vida, ambas as categorias conservam a sua avaliação, respetivamente em médio-baixo e médio-alto. Destaca-se a manutenção da trajetória ascendente da produção e a redução das taxas de sinistralidade. No segmento Não Vida, importa, contudo, assinalar a incerteza sobre os impactos potenciais dos acordos comerciais e das políticas protecionistas sobre os custos com sinistros e, consequentemente, sobre a rendibilidade do segmento.

 

Consulte o Painel de Riscos do Setor Segurador da ASF – Setembro de 2025

 

Sobre o Painel de Riscos do Setor Segurador
O Painel de Riscos do Setor Segurador português é uma das ferramentas utilizadas pela ASF para a identificação e mensuração dos riscos e vulnerabilidades do setor na perspetiva da preservação da estabilidade financeira, tendo por base um conjunto de indicadores, e considerando 8 categorias de risco: macroeconómico, crédito, mercado, liquidez, rendibilidade e solvabilidade, interligações, específicos de seguros Vida e específicos de seguros Não Vida.
No painel, o nível dos riscos é representado pelas cores: vermelho – alto; laranja – médio alto; amarelo – médio baixo; e, verde – baixo. A tendência de evolução dos riscos refere-se à alteração face ao último trimestre e é representada pelas setas: ascendente – aumento significativo do risco; inclinada ascendente – aumento do risco; lateral – constante; inclinada descendente – diminuição do risco; e, descendente – diminuição significativa do risco.

 

 

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